Reconhecido como símbolo da medicina, o estetoscópio foi inventado no início do século XIX e se tornou uma ferramenta essencial de diagnóstico. Saiba mais!
O estetoscópio é um equipamento médico que permite praticar a auscultação, ou seja, ouvir os sons internos do corpo. Esse método de diagnosticar a condição de saúde das pessoas remonta ao Antigo Egito (século XVII a.C.) e permanece até a atualidade.
Até o início do século XIX, os médicos examinavam seus pacientes diretamente, ou seja, com o ouvido colado ao peito para perceber ruídos internos. Isso é chamado de ausculta imediata. Contudo, o exame gerava alguns constrangimentos entre os profissionais e os pacientes.
Para evitar essa situação incômoda, em 1816, o médico René Laennec criou um instrumento rudimentar que lhe permitia auscultar o som emitido pelo coração: um rolo de papel amarrado em forma de um cone.
Então, ele descobre não apenas que isso lhe permite ouvir ruídos internos sem tocar no paciente, mas também que esses ruídos eram amplificados e percebidos mais claramente.
Pouco a pouco, Laennec aperfeiçoou sua invenção fazendo o primeiro estetoscópio de madeira. Desde então, os modelos sofreram uma verdadeira evolução: do papel à madeira, passando pelo marfim até o material atual, o metal.
Atualmente, se tornou o instrumento médico essencial para a realização de um diagnóstico correto. No artigo de hoje, falaremos um pouco mais sobre esse equipamento, esclarecendo quais são as suas funções e aplicações.
As informações que você encontrar aqui te ajudarão a escolher o estetoscópio que melhor atenderá suas necessidades. Boa leitura!
O estetoscópio é um equipamento médico que permite praticar a auscultação, ou seja, ouvir os sons internos do corpo. Portanto, é um instrumento acústico que funciona amplificando os ruídos interiores por ressonância.
A aparente simplicidade de design e uso desse aparelho é amplamente compensada pela riqueza de informações fisiológicas que fornece sobre o estado de saúde cardiovascular, pulmonar ou abdominal dos pacientes.
Dessa forma, basicamente, o estetoscópio funciona da seguinte forma:
Entenderemos como funciona o estetoscópio no próximo tópico. Prossiga com a leitura
Os sons do corpo são naturalmente abafados pela presença de órgãos, vísceras, tecidos gordurosos, fluidos corporais, e eles são “misturados” entre si em um burburinho que os torna praticamente inaudíveis
O estetoscópio, aplicado na pele ao nível do órgão cujos sons deseja ouvir (coração, pulmões, etc.), poderá selecionar as frequências sonoras emitidos por este órgão e amplificá-las, possibilitando assim que o médico faça a auscultação do paciente
A partir do pavilhão auricular, a onda acústica desencadeada se propaga ao longo do tubo e hastes até as pontas (olivas), chegando aos ouvidos. É a diferença de tamanho entre o sino e as pontas que explica a amplificação do som por um fenômeno chamado ressonância.
Com um estetoscópio, o médico pode realizar ausculta pulmonar, cardíaca, abdominal, pélvica e vascular. Originalmente, como constatamos na introdução, o estetoscópio era um dispositivo de escuta, mas foi na década de 1960 que os avanços acústicos transformaram esse equipamento médico em um poderoso dispositivo de diagnóstico.
O principal responsável pela versão do estetoscópio que utilizamos hoje foi o Dr. David Littmann, professor da Harvard Medical School, considerado autoridade internacional em eletrocardiografia.
Estas são as peças que ficarão alojadas ao nível do pavilhão auditivo do utilizador. Flexíveis ou rígidas, geralmente são removíveis por um sistema de clipe ou por uma rosca. Esta característica permite manter a higiene do estetoscópio, mas também escolher o tamanho mais adequado à anatomia de cada profissional.
O tubo flexível é geralmente feito de PVC (o látex é evitado devido ao risco de alergias), e pode ser simples ou duplo (mais utilizado). O tubo duplo contém dois dutos separados, melhorando a qualidade da audição ao transmitir os sons independentemente para cada ouvido. Vale apontar que seu comprimento é uma questão de preferência pessoal e tem pouco efeito sobre a qualidade acústica.
As hastes são as partes metálicas rígidas que fazem a ligação entre as olivas e o tubo flexível sendo fixadas por uma mola de tensão que permite ajustar o espaçamento entre elas para melhor adaptar o equipamento ao usuário.
Pode-se simplesmente ajustar a tensão para o nível mais confortável, afastando os tubos auriculares ou cruzando-os para apertá-los.
A peça auscultatória é formada pela campânula e pelo diafragma. A campânula é a parte mais sensível do estetoscópio, portanto decisivo na qualidade da auscultação de frequências sonoras mais graves.
O diafragma, por sua vez, é uma membrana posicionada na peça auscultatória, cuja função é capturar diretamente as vibrações sonoras emitidas pelo corpo humano.
O termo estetoscópio vem do grego stethos (tórax, peito) e skopein (ver). O equipamento é usado durante os exames clínicos para ouvir os sons do coração ou dos pulmões, e também para auscultar outras partes do corpo humano.
Agora, veja a seguir como o equipamento é utilizado para examinar o paciente.
Para examinar o coração de um paciente, o profissional da saúde deve auscultar os sons cardíacos em quatro locais diferentes, isoladamente, com a campânula e o diafragma para isolar as frequências altas e baixas.
Resultados mais precisos podem ser obtidos se a pessoa examinada O paciente também mudar de posição (sentado, supino, decúbito lateral, etc.) dependendo do local a ser explorado. Ainda mais do que para a ausculta pulmonar, a ausculta cardíaca requer treinamento regular e prática frequente.
O estetoscópio pode ser utilizado para avaliar a respiração dos pacientes através da ausculta pulmonar. Assim, é possível identificar sons respiratórios normais, como murmúrio vesicular e ruídos brônquicos, e também ruídos respiratórios anormais ou adventícios são classificados em sibilos, estertores, roncos e atritos ou, também, podem ser diferenciados pelo seu caráter contínuo e descontínuo.
Para realização o paciente deve estar com o tórax despido e respirar profunda e lentamente, com a boca aberta, e preferencialmente sem fazer ruídos.
A ausculta é realizada com diafragma do estetoscópio, de maneira simétrica em realizado em quatro quadrantes no tórax, anterior e posterior, e nas linhas axilares (aproximadamente ao nível do 4.º espaço intercostal).
A ausculta abdominal deve ser realizada nos quatro quadrantes, superficialmente, para avaliar os ruídos hidroaéreos. Para avaliar alterações do fluxo aórtico (sopros ou aneurismas), aprofunda-se o estetoscópio ao longo do trajeto da aorta.
A utilização do estetoscópio para exame abdominal é muito útil para detectar obstrução (peristaltismo de luta) ou paralisia do tubo gástrico (ausência de ruído). Por outro lado, a presença de ruídos pode atestar o funcionamento normal ou, por exemplo, a posição correta do tubo gástrico.
O exame das artérias com o estetoscópio tem o propósito de avaliar o fluxo sanguíneo dos pacientes. A ausculta em relação ao coração pode detectar sopros novos ou em evolução e arritmias.
Por outro lado, no crânio, o equipamento ajuda a identificar malformações ou fístulas arteriovenosas, ou, ocasionalmente, fluxo sanguíneo redirecionado para o círculo arterial do cérebro após oclusão da carótida.
Além disso, outro uso do estetoscópio e a medição do pulso arterial, quando usado em conjunto com o monitor de pressão arterial (esfigmomanômetro) ou para detectar e identificar certos sopros cardíacos.
O estetoscópio também é comumente usado em outros campos além do médico:
Interessante, não é mesmo?
Por fim, agora você sabe tudo sobre o estetoscópio: sua origem, partes, funcionamento e até algumas aplicações. Como vimos, esse equipamento é muito presente na prática da medicina e enfermagem.
Antes de encerrarmos, vale fazer uma observação: os estetoscópios estão regularmente em contato com muitos pacientes. Portanto, é essencial realizar a desinfecção após cada uso com um produto adequado, para evitar a transmissão de bactérias e micróbios.
Com tamanha relevância e ampla utilização, fica evidente que, ao escolher um estetoscópio, você deve observar cada detalhe e a qualidade de todas os componentes, das pontas, até o pavilhão.
Somente com os melhores instrumentos de trabalho você poderá garantir a assertividade dos seus diagnósticos e, assim, tratar a saúde das pessoas que confiam no seu profissionalismo.
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